domingo, 23 de dezembro de 2012

A família 'Pânico' é uma festa

Flagramos o divertido elenco comemorando o Natal no último programa antes de sair de férias
 

Natal é festa de família. E na televisão uma família que vive em festa é a do “Pânico na Band”. Ninguém ali é, de fato, parente de ninguém. Mas em quase uma década na televisão, que será completada em 2013, laços sanguíneos viraram um detalhe para essa turma que vive junta o ano inteiro. Eles se amam, eles brigam, eles fazem as pazes, eles se abraçam, eles se irritam, eles dão risadas, eles choram juntos. E não só diante das câmeras mas, principalmente, longe delas.

Qualquer semelhança com o pessoal da sua casa, que amanhã à noite se reunirá na ceia natalina, não é mera coincidência. Nos bastidores do programa, a sensação é de que se trata de um encontro de uma parentada barulhenta. Foi assim na gravação de despedida de 2013, quando todos entraram no clima natalino, antes de saírem de férias.
Rodrigo Scarpa, o Repórter Vesgo, define essa família, cujo chefe é Emílio Surita. “O Emílio é o paizão. Ele foi caçando todo mundo e trouxe para cá. Os outros são os irmãos”, sintetiza. 

Única mulher no elenco fixo do programa, Sabrina Sato é tratada como um ser divino. “Ela é nossa irmãzinha intocável. Ninguém põe a mão”, diz Márvio Lúcio, o Carioca. Recentemente, a musa teve de escolher um “namorado” no programa com todos  dando opiniões sobre seu futuro amoroso. “A gente se intromete muito na vida um do outro. O ‘Pânico’ se tornou uma filosofia de vida”, diz Sabrina.
O dono do título mister simpatia é Marcos Chiesa, o Bola, que está há 20 anos com Emílio no programa da Rádio Joven Pan. Apesar de fazer um personagem meio carrancudo na TV, é apontado como o mais amado pelo grupo. “O Bola é o amor da minha vida”, diz Carioca. “Combinei com o Bola, se a gente não se casar até envelhecer, vou casar com ele”, brinca Sabrina.
Como não há família perfeita, a do “Pânico” também tem lá seus desentendimentos para resolver.  “Claro que,  às vezes, tem treta de trabalho, é profissional. Mas dali a pouco está tudo bem, não tem mágoa”, garante Bola.  
Caçula sofre
Entre irmãos não é diferente. Os caçulas sofrem. Gui Santana e Marcelo Zangrandi (o Iê iê), que entraram para o “Pânico” neste ano, sofrem as consequências de serem os mais novos.  “Não posso cochilar, senão o pessoal sacaneia. Mas eu não pego pilha, porque é pior”, diz Gui Santana. 

Mais que uma família, Edu Sterblitch compara o “Pânico” a um grupo de teatro de revista, que toda semana precisa criar um espetáculo. E diz que a carreira dele na TV se limitará à atração. “Só sairia da Band para fazer o ‘Pânico’ em outra emissora. Não encontraria a liberdade editorial, as parcerias e a generosidade que tenho aqui.”
E o “paizão” Emílio Surita incentiva a criatividade dos pupilos. “O espírito do ‘Pânico’ é esse: quanto mais caos, mais diversão”, diz ele, que abre sua casa para as reuniões de pauta do programa. Depois de tudo decidido, começa um churrasco. Não há dúvida. É mesmo uma família divertida!

Superamigos 
Emílio Surita, Carioca e Bola são o trio parada dura da atração. A amizade entre os três extrapola os limites do rádio e da televisão. “Não vou falar que o Emílio é como um pai, porque é sacanagem, mas ele é um irmão. E o Bola é o amor da minha vida”, diz Carioca
Algumas panicats serão substituídas em 2013
Não é fácil vida de panicat. Rebolar no palco é o de menos. Passar por sustos e provas bizarras são outras habilidades exigidas para a função. Nem todas demonstram ter tanta desenvoltura (e bom humor) para o papel, mas, ainda assim,  Babi Rossi, Carol Narizinho, Carol Belli, Thais Bianca e Renata Molinaro garantem amar o que fazem.  Porém, elas poderão perder o emprego em 2013. O diretor do programa Alan Rapp confirmou que substituirá algumas na nova temporada. “A ideia é mudar as panicats. Se não todas, algumas. Tudo que é novo é mais gostoso”, diz Alan, que justifica, rindo: “Homem gosta de carne nova”. Elas, porém, ainda não querem falar, nem pensar no assunto. “Que eu saiba a gente continua no programa. Ninguém foi demitido”, diz Renata.  Thais Bianca, que teve o cabelo pintado de rosa,  exagera: “Não penso em sair do ‘Pânico’ nunca”. Narizinho diz que viu sua vida passar do anonimato para o estrelato e não pensa em dar adeus ao programa. “Não cogito essa hipótese. Estou vivendo o meu sonho.”
No camarim
Na maquiagem, o riso rola solto: Ceará se transforma em Lula e Bola é eleito o “mais amado por todos”. Edu Sterblitch ganha um abraço da panicat Renata Molinaro. As panicats não são tão íntimas dos humoristas.  Eles costumam se encontrar só nas gravações.
O cara que organiza a bagunça da turma do fundão
Se Emílio Surita é considerado o pai da turma, o diretor do programa, Alan Rapp, é, digamos, o professor durão que tenta colocar ordem na bagunça da criativa “turma do fundão”.  Cabe a ele viabilizar as ideias do grupo e comandar o trabalho da produção para fazer a atração acontecer.  Alan defende que o “Pânico” não é só um humorístico, mas um programa de entretenimento. “São três horas no ar. As pessoas cansam de ficar só rindo. Mesclamos emoções, fazemos rir, chorar, temer, vibrar, torcer”, enumera  Alan. Ele faz questão de enfatizar que o  “Pânico” não faz jornalismo. “Não temos compromisso com a verdade.” No primeiro ano na Band, após a saída conturbada da Rede TV!,  Alan comemora o desempenho na nova casa. “Nós nos adaptamos rápido. Somos a maior audiência da Band. Acredito que a emissora está feliz e os patrocionadores também.” Para 2013, além de mudar panicats, o diretor promete  reformulações e, claro, mais polêmicas. “A gente quer causar. Não é à toa que o programa chama ‘Pânico’.”
Fonte: Diário de São Paulo | Por: Jussara Soares 



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